Mediação avança também durante a arbitragem

Mecanismo de resolução de conflitos vem sendo mais buscado por empresas

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Cada vez mais, as empresas brasileiras têm buscado a mediação para resolver conflitos. E não só para tentar evitar que eles acabem na Justiça ou nas câmaras de arbitragem, mas também após iniciado o processo judicial ou arbitral. Foi o que mostrou o estudo Mediação em números, da FGV Direito SP e do Canal Arbitragem, que levou em conta dados sobre mediações realizadas em sete câmaras ao longo dos últimos dez anos (2012-2022).

Em 2012, as sete câmaras pesquisadas receberam 26 requerimentos de mediação, sendo 22 iniciadas no mesmo ano. Em 2021, foram 120 requerimentos e 90 iniciadas. Os dados de 2022 referem-se apenas ao primeiro semestre do ano: 19 requerimentos e 13 mediações iniciadas. Os valores envolvidos variam muito de acordo com a câmara e o ano analisado: o menor valor encontrado foi de 120 mil reais e o maior, de 461 milhões de reais. Em 2020, a mediação nas sete câmaras envolveu 1 bilhão de reais.

O estudo levantou também que a mediação vem sendo usada após a instauração da arbitragem, nas fases instrutória e após a sentença parcial. Os resultados variam de uma câmara para outra, mas muitos processos arbitrais foram suspensos após o uso da mediação. As próprias câmaras de arbitragem incentivam o uso da mediação nos processos de arbitragem – o que é geralmente feito pela concessão de descontos nas taxas cobradas (caso a mediação tenha sido usada anteriormente).

Com relação aos temas que mais passaram por mediação, são eles: contratos empresariais, demandas societárias, construção civil e energia – e, mais recentemente, as recuperações judiciais.

O estudo foi coordenado pelas professoras Daniela Monteiro Gabbay (FGV Direito SP) e Vera Cecília Monteiro de Barros (FAAP), e contou com os pesquisadores Ana Paula Ribeiro Nani e Bruno Hellmeister Lico Canal.


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1 comentário
  1. Julio Diz

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