Private equity retrocede uma década

Pesquisa mostra recuo do nível de firmas em atividade e do valor disponível para investimento

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A indústria de private equity no Brasil retrocedeu aos patamares registrados há dez anos, a se considerar os valores que esses investidores dispõem em caixa para realizar novos aportes em empresas. Foi o que mostrou a pesquisa Brazilian Private Equity Outlook, elaborada pela gestora Spectra Investments e pelo Insper.

Vários fatores afetaram a redução do private equity, de acordo com o estudo: a desvalorização do real prejudicou os retornos em dólar (afastando os investidores estrangeiros), a instabilidade política e econômica jogou contra o crescimento de muitas empresas, houve concorrência de outros tipos de investimento e os fundos de pensão se afastaram desse tipo de aplicação após a Operação Greenfield (que investigou os investimentos das fundações em Fundos de Investimento Patrimoniais, os FIPs). A participação dos estrangeiros caiu de 63% (2000-07), para 48% (2008-16) e continuou declinando até 35% (2017-20). Já a dos fundos de pensão era de 12% em 2000-07 e caiu para 3% em 2017-20, após chegar ao pico de 20% (2008-16).

Em 2001, havia no Brasil 27 firmas de private equity com investimentos ativos no país. Em 2022, eram 29. Após atingir um pico em 2012 e 2013, com 54 firmas operando, ocorreu um declínio no número de gestores focados na área.

Com relação aos valores disponíveis em caixa para investimentos, eles atingiram em 2022 o menor valor dos últimos dez anos, tanto em dólares quanto em reais. Em 2012, essas firmas possuíam 20 bilhões de reais (9,7 bilhões de dólares) para aplicar. Em 2022, os valores haviam recuado para 17,5 bilhões de reais (3,3 bilhões de dólares).

1 comentário
  1. pedro silva Diz

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