IPOs em baixa, fusões e aquisições em alta

Elevação dos juros e incerteza reprimem ofertas na bolsa e impulsionam venda de participações a sócios estratégicos

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O mesmo fenômeno – o baixo patamar histórico das cotações na bolsa – está provocando aquecimento do mercado de aquisições e desaquecimento das ofertas públicas iniciais de ações (IPOs) e de ofertas subsequentes (follow-ons). Também vem pesando contra o mercado acionário a elevação dos juros nos mercados doméstico e internacional – fator que contribui para segurar as cotações da renda variável. 

Neste ano, nenhuma empresa lançou ações na B3. Houve 17 ofertas subsequentes na bolsa até o fim de setembro, que captaram aproximadamente 55 bilhões de reais. No mesmo período do ano passado, as empresas tinham levantado cerca de 127 bilhões de reais na B3, sendo 24 follow-ons (61,6 bilhões de reais) e 45 IPOs (65,2 bilhões de reais).

Os investidores com perfil de longo prazo – como fundos de private equity – estão aproveitando os baixos preços das ações brasileiras para comprar participações em empresas, conforme reportagem do Valor Econômico. Em dez dessas operações, realizadas com empresas com ações negociadas na B3, o preço das ações das companhias compradas subiu 21% em média, conforme levantamento do jornal.

De acordo com estudo realizado pela PwC, no primeiro semestre deste ano foram realizadas 807 transações de fusões e aquisições, crescimento de 14% em relação ao mesmo período do ano anterior (706 negócios) – e recorde de operações para o período. O ano de 2021 inteiro também foi recorde, com 1.659 transações, de acordo com a consultoria. Os dados foram publicados pelo site da CNN Brasil.

1 comentário
  1. […] primeira vez desde 2004, ano em que o Novo Mercado recebeu a sua primeira listagem, um ano terminou sem nenhuma oferta pública inicial (IPO) de ações na B3. Em 2022, todas as ofertas públicas de ações foram subsequentes, de empresas que já têm […]

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