Privatização da CBTU de Belo Horizonte testa modelo

Resultado do leilão do metrô pode servir de base para concessões em outras cidades

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A privatização da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) de Belo Horizonte e a concessão do metrô da cidade deverão funcionar como um teste para a viabilidade de outras operações do tipo, como as da CBTU de Recife e a privatização da Transporte Urbanos de Porto Alegre (Trensurb). Com leilão marcado para o dia 22 de dezembro na B3, a privatização da CBTU-MG prevê a ampliação da Linha 1 do metrô da capital mineira e a construção de uma segunda linha, de 28 quilômetros. 

Embora a CBTU seja uma empresa pública federal, a sua gestão cabe aos governos estaduais. A empresa opera em regime precário em Belo Horizonte, sem contrato de concessão. Para viabilizar a privatização de forma fatiada, foram criadas subsidiárias – no caso, CBTU-MG e Veículo de Desestatização MG Investimentos S/A (VDMG). O vencedor será aquele que pagar o maior valor pela VDMG, cujo preço mínimo é de 19 milhões de reais. 

A vencedora terá que aumentar o capital da empresa em 227 milhões de reais. O processo contará ainda com 2,8 bilhões de reais da União e 428 milhões de reais do governo mineiro, que serão desembolsados ao longo dos trinta anos previstos para durar a concessão. A Linha 1 liga Belo Horizonte a Contagem e conta com 28,1 quilômetros. Ela deve ganhar mais uma estação no município de Contagem. Já a Linha 2 (Nova Suíça-Barreiro) deve ter 10,5 quilômetros. Sua construção foi iniciada em 2004, mas paralisada.

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