Primeiras tokenizações de renda fixa chegam ao mercado

Emissões de debêntures e cotas de fundos de recebíveis utilizam tecnologia pioneira

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Os tokens mobiliários (security tokens) começam a chegar ao mercado brasileiro e a atrair grandes instituições. O token é “uma representação de valor ou direito contratual, protegido por criptografia, mantido em sistema de registro distribuído e passível de custódia, transferência e negociação em meio eletrônico”, de acordo com definição da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima). Os tokens mobiliários representam, de forma virtual, valores mobiliários existentes no mundo real – e geralmente utilizam a tecnologia blockchain para o registro das operações.

Em julho, o Itaú Unibanco anunciou a sua entrada no segmento de ativos tokenizados, com a criação da Itaú Digital Assets. O banco irá atuar com a emissão e a distribuição de tokens, assessoria a emissores e custódia de ativos digitais. A ideia é trabalhar primeiro com ativos de renda fixa, fracionando as emissões e tornando-as acessíveis a investidores pessoa física. 

É justamente essa classe de ativos que já começou a ser tokenizada (os ativos foram registrados de forma virtual por meio de criptografia e fracionados). Foi o que fez a Vórtx QR Tokenizadora, que já realizou três emissões tokenizadas: debêntures da Pravaler, no valor de 60 milhões de reais, debêntures da Salinas (74 milhões de reais) e cotas do fundo de recebíveis (FIDC) QR Rispar Crédito Cripto (8 milhões de reais). No caso da Salinas, foram emitidos 74 mil tokens de mil reais cada. Na Pravaler, 60 mil tokens, também de mil reais cada e, no QR Rispar Crédito Cripto, 8 mil tokens de mil reais cada. A Vórtx QR faz parte do ambiente regulatório experimental (sandbox) da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e poderá realizar 12 emissões do tipo. 

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