Pix deve ter novas funcionalidades
De acordo com o Banco Central, novidades saem do papel ainda neste ano
O Pix, sistema de pagamentos instantâneos lançado pelo Banco Central (BC) há cerca de seis meses, deve ter novas funcionalidades ao longo deste ano, em linha com uma agenda de desenvolvimento desenhada pela instituição. Na semana passada, um fórum (Fórum Pix) coordenado pelo BC discutiu a evolução desse modelo no País.
Entre as novas funções previstas está a criação do chamado QR Code do Pagador. Com essa opção, será possível fazer um Pix mesmo nas situações em que o pagador estiver offline. “Ao permitir que o usuário faça pagamentos em estabelecimentos comerciais ou transferências quando não tenha acesso à internet, amplia-se o acesso da sociedade ao sistema de pagamentos”, comentou o consultor do Departamento de Competição e de Estrutura do Mercado Financeiro do BC (Decem), Breno Lobo, em nota disponível no site da autoridade monetária.
Essa nova funcionalidade tende a democratizar o acesso ao sistema, já que muitos brasileiros de renda mais baixa ainda têm pacotes muito reduzidos de dados.
Mais um ponto de debate no fórum envolveu novidades para o Pix Cobrança. A ideia é facilitar, para o usuário que recebe valores, o gerenciamento de cobranças referentes a pagamentos imediatos e com data de vencimento. De acordo com o BC, o Pix Cobrança para pagamentos imediatos já está disponível desde o lançamento do Pix, em meados de novembro de 2020. Testes ainda estão sendo feitos para os pagamentos com vencimento (que podem envolver juros, multas, acréscimos, descontos e outros abatimentos). A expectativa é de que estejam disponíveis a partir do próximo dia 14 de maio.
Outras novidades que podem sair do papel em 2021 e 2022 são a padronização de arquivos de remessa e retorno, para viabilizar transações em lote, e o Pix duplicata, que permitirá pagamento nos casos em que uma cobrança Pix estiver atrelada a uma duplicata (essa funcionalidade deve até viabilizar a antecipação de cobranças no ambiente do Pix, a exemplo do que ocorre com recebíveis de pagamentos com cartões). Também está em evolução, segundo o BC, a permissão de saques em espécie por meio do Pix, com possibilidade de implantação ainda em 2021. Mas essa função ainda deve ser alvo de consulta pública.